Um estudo realizado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP – USP) e publicado esta semana mostra que o número de casos de câncer desenvolvidos pelo vírus sexualmente transmissível HPV cresce a cada ano.

HPV é um vírus transmitido quando há contato direto com a pele ou a mucosa infectada. A principal forma de contágio é o sexo oral. Esse vírus pode permanecer por até 15 anos no organismo antes de se manifestar. Durante todo esse tempo ele é transmissível. Ou seja: as pessoas podem transmitir o vírus sem nem mesmo saber que o têm em seu organismo.

E, de acordo com o responsável pela pesquisa da USP, Fabrício dos Santos Menezes, o aumento do sexo casual está diretamente relacionado ao aumento dos casos de HPV e, consequentemente, aos casos de cânceres causados pelo vírus.

Os resultados da pesquisa, possivelmente, são explicados pela mudança nos comportamentos sexuais, afirmou o especialista. “A infecção pelo HPV na boca e orofaringe ocorre com frequência em pessoas com múltiplos parceiros sexuais e que fazem sexo oral”, enfatizou.

Para chegar a essa conclusão, a equipe de Menezes analisou o histórico médico de mais de 15 mil pessoas de até 39 anos de idade, que desenvolveram câncer de boca ou de orofaringe.

“No câncer de boca e orofaringe, mais especificamente orofaringe, tonsila [amígdala] e base da língua, o HPV16 foi identificado em até 60% dos tumores nos Estados Unidos, e existe um aumento gradual da detecção desse vírus no Brasil”, contou Menezes.

Um dos males do sexo casual

O relacionamento sexual antes do casamento pode acarretar inúmeros problemas. E um dos principais é o desenvolvimento de doenças sexualmente transmissíveis (DST). Como afirma o estudo da USP, quanto mais o sexo sem compromisso se torna comum na sociedade, maiores as chances de desenvolver doenças – até mesmo doenças letais, como o câncer.

Como explicou o escritor Renato Cardoso, autor do livro “Namoro Blindado”, em edição especial do podcast “Escola do Amor Responde”, é a própria Biologia quem dá a devida resposta à promiscuidade.

“Há pessoas que não acreditam em princípios morais, porque acham que isso depende da opinião de cada um. Mas a Biologia não está nem aí com modas ou novos tempos. A Biologia segue regras. Então, se as regras estão dizendo que vale tudo – eu durmo com um hoje, com outro amanhã, ou com três – a Biologia está dando o seu feedback”, afirmou o escritor.

Parte desse feedback acaba de ser confirmado no estudo supracitado. O sexo antes do casamento traz prejuízos não apenas do ponto de vista cristão, mas também por parte da própria natureza.

Andre Batista / Foto: Getty Images

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Fonte: Universal.org