É um conhecido e tão referido ditado popular, que muitos se esquecem do que verdadeiramente significa…

Ricos, pobres, crianças, jovens, idosos, homens ou mulheres… fazer o bem, que é uma das facetas mais expressivas da solidariedade, não faz, de facto, qualquer distinção. Ou seja, ela é cega e não julgadora do indivíduo, mas tem uma visão perfeita das suas necessidades.

Mas, por que motivo o fazemos? Será que a emoção positiva que provoca ao ego é o suficiente? Ou a boa imagem que cria perante a sociedade? A resposta é um taxativo NÃO! Ser solidário vai muito mais além do que designamos como uma atitude que define uma ‘boa pessoa’ ou caridoso ou altruísta.

“Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.” (Mateus 25.35-36)

UM MANDAMENTO?

Para o comum mortal, ser solidário, nada tem a ver, contudo, é o perfeito resumo do segundo mandamento divino: “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.39). Todavia, para muitos, este mandamento é um enigma, já que a grande maioria não tem por hábito refletir sobre o amor-próprio ou, simplesmente, não se ama, enquanto outros revelam um amor-próprio tão exacerbado, que chegam ao ponto de se tornar egoístas. Uma pessoa em perfeito equilíbrio, tem amor por si mesma e pelo seu próximo, por isso, o que deseja e faz por si, faz também pelo outro, sem esperar nada em troca, essa, sim, é a vontade de Deus.

SACRIFÍCIO E ABNEGAÇÃO

Serão para alguns palavras difíceis de assimilar e muito menos de colocar em prática, porém, nada mais é do que procurar o bem-estar do outro sem interesse algum, ou seja, sem aguardar alguma recompensa material ou de outra espécie. Pois, a realidade é esta: “… nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra.” (Dt 15.11), por isso, a solidariedade tem que fazer parte do nosso dia a dia, na medida em que os que se privam de fazer o bem estão a deixar de plantar para si mesmos.

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