Comportamentos compulsivos, repetitivos, que uma pessoa tem dificuldade em controlar… assim se
definem os vícios, métodos que muitos encontram para preencher o vazio que sentem

Desde 2001 que o consumo de substâncias psicoativas ilícitas aumentou, tendo subido mais de 60 por cento em Portugal. Qual a explicação para este registo? As descobertas científicas têm mostrado que os vícios são complexos e têm múltiplas causas, envolvendo fatores biológicos, psicológicos e sociais.

A nível psicológico, por exemplo, traumas passados, transtornos de saúde mental e problemas de regulação emocional, podem contribuir para o desenvolvimento de vícios. Estes estão muitas vezes associados ao vazio emocional, os quais muitos tentam preencher com os referidos comportamentos aditivos.

A única dependência que nos torna livres!

Toxicodependente durante 20 anos, José chegou a considerar-se um ‘farrapo humano’ em todos os sentidos…

Haxixe, erva, soruma, liamba… o processo que José percorreu na sua dependência foi gradual, mas, aos poucos, tomou proporções inesperadas. “Mais tarde, passei a usar heroína e a cocaína. Cheguei a um ponto que isso já não me bastava e comecei a injetar heroína, cada vez mais”. E como a droga, à medida que o consumo aumenta, vai perdendo a sua eficácia, seguiu-se o ópio, até que José assume ter chegado ao descalabro total. “Quando não tinha dinheiro para sustentar os vícios, tinha de roubar ou pedir emprestado. Como os meus pais já não me davam dinheiro, os grupos a que me associava, levavam-me sempre a angariar o dinheiro de outras formas”, relembra.

ESCRAVO DO VÍCIO!

José tentou várias desintoxicações, inclusivamente a frio, mas nada parecia resultar. “Como heroinómano, tinha ressacas e tentava 3, 4 dias não consumir, mas as dores físicas e psíquicas eram incalculáveis. Cheguei a estados depressivos devido ao consumo de heroína e, em simultâneo, crises de ansiedade, devido à cocaína. Tudo isto levou-me a perder a autoestima e estatuto social. Estive internado numa clínica onde tomava 48 comprimidos por dia e, à noite, ainda me davam uma injeção de morfina para eu conseguir dormir. A médica chegou de me dizer, que mesmo que viesse a abdicar das drogas, iria ficar dependente dos antidepressivos e ansiolíticos”. Mas, a realidade é que José voltou a ter uma recaída.

O ESPÍRITO SANTO

“Depois de me divorciar e já me considerar um farrapo humano, ouvi falar da Igreja Universal. Fui e ouvi falar de Deus…”. Mas, apesar disso, José alimentava a ideia de que, para si, já não haveria solução. “A realidade é que, quando comecei a pôr em prática, aos poucos, fui abandonando os vícios. Entreguei-me a Deus e deixei totalmente a dependência. Ouvi falar do Jejum de Daniel e participei. Recebi o Espírito Santo, que me deu força, intrepidez, coragem, alegria e ânimo. Hoje, posso dizer que sou livre e que sou dependente, sim, mas do Espírito Santo! Tenho a plenitude de Deus e sou casado, tenho a vida financeira equilibrada e filhos abençoados. Digo a todas as pessoas para que tenham esta força, amor, coragem e liberdade divina dentro de si!”
José Rei

Fonte: Folha de Portugal

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