Causas
Em conversa com a Dra. Petra Tavares, psicóloga, para o nosso jornal, falámos sobre o facto de existirem cada vez mais portugueses com doenças do foro mental, questionando-a sobre as possíveis causas: “poderemos considerar que o aumento da conscientização para estes temas, bem como uma redução considerável do estigma associado à procura de profissionais da área da saúde mental, poderá ter levado mais pessoas a procurar ajuda. Por outro lado, com um mundo cada vez mais rápido, uma população cada vez mais imediatista e com pressões cada vez maiores, tudo isso pode contribuir para o aumento dos níveis de stress e de problemas de saúde mental. Para além disso, estando a sociedade cada vez mais evoluída em termos de tecnologia, o uso da mesma, especialmente no que toca às redes sociais pode impactar negativamente a saúde mental de muitos, levando a problemas ligados à baixa autoestima, pelo excesso de comparação, ansiedade e depressão”, explicou-nos, acrescentando que “ainda existem fatores socioeconómicos cada vez mais dramáticos a impactar a saúde mental dos portugueses, já que as desigualdades socioeconómicas, desemprego e instabilidade financeira podem ter um impacto significativo no aumento do risco de doenças mentais!”
PREVENÇÃO
Sendo a ansiedade e a depressão consideradas doenças altamente genéticas, pais deprimidos e ansiosos tendem a ser pessoas mais nervosas, situação que se repercute nos filhos. Portanto, há que adotar algumas estratégias preventivas, tais como: aprender a escutar realmente os seus filhos, a fim de que consigam manter uma relação equilibrada e saudável; ser honestos sobre o seu estado mental, de modo que os seus filhos não se sintam culpados; ajudá-los a encontrarem um sentido para a sua vida. Por seu lado, é preciso também apoiar e orientar os pais quando os filhos estão ansiosos ou deprimidos; devendo o Estado e a própria comunidade local disponibilizar cuidados de saúde mental aos progenitores.
Fonte: Público e The Washington Post
Fonte: Folha de Portugal