O que pensamos e sentimos pode produzir saúde ou doença, paz interior ou conflito interior…
Quem guarda mágoas, normalmente, abriga fortes emoções no coração, causando um stress constante no corpo. O que nos parece, quando acompanhamos pessoas ressentidas, é que esses sentimentos tendem a se agarrar em algum órgão ou parte do corpo até que o organismo passe a não funcionar tão bem quanto antes. E depois de algum tempo a viver esses conflitos interiores, a dor física aparece. Sendo assim, tanto a saúde quanto a doença podem ser moduladas pelo que carregamos na nossa alma.
Por isso, há pesquisas médicas que alertam para o alto risco de desenvolvimento de doenças devido à maneira errada que as pessoas lidam com as suas emoções. Isso ocorre principalmente devido aos sentimentos negativos que elas guardam dentro de si, resultando na recusa em perdoar aos outros e a si mesmas. Pois, se há pessoas que têm dificuldade em perdoar os erros que os outros cometem contra elas, há também aquelas que se condenam pelas próprias falhas na vida. Portanto, para manter uma boa saúde, é preciso perdoar, inclusive, a si mesmo.
Não é difícil constatar os benefícios que o perdão proporciona à saúde. Na prática, todos nós já percebemos como um dia corre muito melhor quando estamos leves, de bem com a vida e de bem com as pessoas à nossa volta. Qualidade de vida não começa com um colchão caro, suplementos vitamínicos ou atividades físicas, mas com alegria, paz e, sobretudo, obediência à Palavra de Deus.
Não quero dizer com isso que todas as doenças são oriundas de uma mágoa, mas muitas moléstias têm, sim, origem nas emoções ruins guardadas no coração.
Agora entendemos por que o Senhor Jesus, antes de ordenar ao paralítico de Cafarnaum que se levantasse do leito, perdoou-lhe os pecados (Lucas 5.20). Aquele homem provavelmente carregava uma culpa e, por isso, a sua alma estava inquieta. Portanto, era mais urgente, para ele, ter a alma restaurada pelo perdão do que andar.
Conheço pessoas que só aceitaram perdoar à beira da morte, num leito de hospital. É claro que antes tarde do que nunca, pois partir para a eternidade com ressentimentos é partir sem a salvação da alma. Mas será que vale a pena passar uma vida inteira na amargura e no sofrimento em vez de renunciar às razões que impedem a sua felicidade?
(Excerto de “O Prazer da Vingança”)
Fonte: Eu era assim