Mente e coração. Essas duas fontes de vontade andam em constante luta pelo domínio das nossas vidas.
Uma é capaz de nos trazer paz, outra, de nos levar à ruina…

As lutas fazem parte do nosso dia a dia: lutamos para ter um bom emprego, para cuidar da família, para alcançar objetivos pessoais, e por aí em diante. No entanto, todas essas lutas nada são diante daquela travada no nosso próprio interior. A batalha entre a razão e os sentimentos, ou seja, mente x coração.

CORAÇÃO

Talvez ao ouvir a palavra coração você não a associe a algo mau, já que aprendemos que devemos sempre seguir o coração para sermos felizes. Mas, afinal o que ele representa? O coração é onde nascem os sentimentos e as emoções, é a fonte do prazer e autossatisfação imediatos. A sua função é “sentir”, sem pensar nas consequências. É assim que muitas pessoas se casam com a pessoa errada, tomam a decisão de ter um filho, gastam além das suas possibilidades, revivem constantemente as suas ofensas e perdas (incluindo ente queridos), tornam-se dependentes emocionalmente, etc.…! Em boa verdade, viver segundo a vontade do coração é viver aprisionado, sem liberdade, nem paz, pois este é impaciente, precipitado e cheio de birra. Está sempre a “gritar” para ser atendido, e isso rouba-nos até mesmo o equilíbrio.

MENTE

Contrariamente a este, a mente abriga a sabedoria, o talento e a inteligência. É na mente que está a consciência do bem e do mal, a capacidade moral de fazer o que é correto, a capacidade de pensar, pesar, avaliar e aprender a tomar decisões. Andar de acordo com a mente produz sensatez, equilíbrio e atenção às consequências. Isso nos torna pessoas fortes e seguras, ao contrario de quem, guiado pelo coração, se torna fraco e incapaz. Em boa verdade, vivemos numa sociedade hedonista, onde o conceito de felicidade deixou de estar associado às coisas simples. O mundo procura cada vez mais novas “sensações”. Somos estimulados a agir e a pensar depois. O ruido à nossa volta faz-nos cada vez menos capazes de analisar e pensar as escolhas que fazemos. A única liberdade que podemos ter, é a de sermos capazes de pensar e analisar de maneira racional, pois o coração humano é fraco e facilmente manipulado pelas emoções, fantasias e ilusões.