ORIGEM
O termo ganhou popularidade logo no início da pandemia, em março de 2020, quando o norte-americano Kevin Roose, do The New York Times, fez uma reportagem sobre como acompanhar as notícias a respeito da Covid-19. “Eu tenho feito muito desse tipo de doomscrolling recentemente, agitando-me a ponto de sentir desconforto físico, apagando qualquer esperança de uma boa noite de sono. Talvez você também tenha feito isso. Não há nada de errado em manter-se informado. Mas precisamos praticar o autocuidado e equilibrar o nosso consumo de notícias ruins com tipos mais suaves de estímulo, para a nossa saúde e a sanidade das pessoas ao nosso redor”, escreveu, na ocasião.
MOTIVO
Tal como um comportamento recorrente que se traduz numa adição, as más notícias consecutivas tendem a levar o consumidor a querer saber sempre mais e com mais detalhes. E, de facto, a enxurrada de notícias preocupantes em torno da Covid-19 tem sido um dos principais pontos responsáveis pelo impacto que a pandemia tem causado na saúde mental. A grande conclusão a que se chegou através de diferentes estudos foi que consumir informações negativas de forma obsessiva deixa um misto de tristeza, impotência e medo no telespetador.