Não somos nós que dizemos, são os famosos, bem-sucedidos, ricos e fisicamente atraentes… pois, mesmo
possuindo tudo isso, o vazio permanece…
Mesmo que não lhe tenha sido dito diretamente, que seja uma verdade subliminar que a todos une, em cada sociedade e para a humanidade, de forma generalizada, é ‘vendido’ um determinado protótipo de felicidade. Dinheiro, fama, beleza, estatuto social, poder, viagens, amigos, uma vida social ativa, uma casa grande e bonita, uma família perfeita… E a lista pode continuar, já que, embora existam elementos comuns, outros há que serão individualizantes e característicos do que cada pessoa considera importante para a sua realização pessoal.
DESENGANE-SE
Porém, não são só apenas os ricos e famosos que o dizem, de facto, segundo uma sondagem realizada a mais de 1 milhão de pessoas, o mundo está, de facto, mais triste. Sentimentos como preocupação, stress, tristeza ou raiva, entre os anos de 2009 e 2021 sofreram um aumento exponencial. Para isso, muito tem contribuído a tendência crescente em muitos de compararem a sua vida e a si mesmos com os outros. Esta comparação, que só causa ou agrava a frustração, a ansiedade e a depressão, é facilitada pelo acesso constante às redes sociais, onde a ‘felicidade’ alheia é propagada.
QUE DOR É ESSA?
Em maior ou menos escala, o ser humano em geral conhece e já experienciou a dor física. Porém, existe uma dor que, embora a grande maioria também a conheça, muitos não sabem que nome atribuir e muito menos como lidar com ela. Esta é a dor emocional ou psicológica. A dor que muitos apelidam de ‘vazio interior’, muitas vezes, chega a ser mais angustiante e difícil de suportar que a física. São estes que, como tentativa de a escapar, procuram diversas formas de a mascarar. Vivem de fugazes prazeres, mas, infelizmente, não são poucos os que chegam a um limite onde viver deixa de fazer sentido e a ilusão se torna um peso difícil de suportar.
Fonte: Eu era assim